Texto por André Schelgshorn
A comunicação humana é, ao lado da cultura, um ponto especial que nos diferencia das demais espécies. Sofisticados, variados, compreensivos e abrangentes, nossos métodos de comunicação vão além da simples emissão de sons (fala), tomando dimensões além do natural possíveis apenas pelo uso de ferramentas e instrumentos.
Das primeiras pinturas rupestres aos reels do seu Instagram, a comunicação passou por diversas fases, com uma em especial se fazendo presente de forma crucial desde sua concepção: a escrita. E acredite, ou não, ela ainda é tão eficaz (ou mais) quanto recursos gráficos.
Como uma atividade cognitiva não-intuitiva que requer atenção e coordenação mental, a leitura e compreensão de um conteúdo necessita de foco por parte do leitor. Claro, é possível ler enquanto se realiza alguma outra tarefa, mas… e absorver o conteúdo?
Vivemos em uma era digital. Bancos, entretenimento, educação, consultas médicas, tudo está disponível a poucos toques em uma tela que cabe em nossos bolsos. Em um mundo onde a informação se torna tão prontamente acessível, é também necessário que empresas se façam presentes nestes ambientes virtuais para entrar em contato com seu público. Marcas disputam cada pixel em uma tela para veicular suas mensagens em busca de seus clientes.
Com isso, temos ambientes de navegação abarrotados de anúncios para todos os lados, disputando por segundos de nossa atenção. O problema aqui é que para capturar esta atenção em meio a tanto conteúdo, os anúncios precisam de certos apelos visuais, como cores, formas e até movimentos chamativos, que muitas vezes ganham mais destaque do que a mensagem em si. E aí mora o problema: como absorver o conteúdo da mensagem se há tantos elementos competindo pela nossa concentração? Ou melhor: como contornar este problema e entregar mensagens de maneira mais eficiente?
A resposta está na mídia impressa, e vamos falar um pouco sobre isso para você entender.
Pesquisas conduzidas por neurocientistas de Israel apontaram de maneira detalhada como a leitura em meios impressos é mais eficaz do que se realizada em formatos digitais. Os estudos conduzidos com eletrodos posicionados em crianças de 6 a 8 anos analisaram as respostas ativadas em seus cérebros durante a leitura de diferentes conteúdos. Os resultados mostraram maior dificuldade de concentração e compreensão das mesmas mensagens quando lidas em meios digitais em comparação com meios impressos.
Os pesquisadores citaram também um estudo prévio com crianças de 8 a 12 anos que evidenciou conexões funcionais superiores entre as áreas do cérebro responsáveis por processamento visual relacionadas à interpretação de palavras e em circuitos neurais associados a processamentos visual e linguístico ao consumir informações escritas em meios impressos. O mesmo estudo observou que a leitura em formatos digitais estaria associada à uma redução na atividade nestas áreas do cérebro.
Um dos fatores que poderiam estar relacionados a esta menor capacidade de atenção e interpretação poderia ser a capacidade multimídia das telas – algo que foi descartado pelos mesmos cientistas após observarem que os resultados inferiores foram observados em adultos consumindo conteúdos textuais breves (de 2 a 3 linhas de texto) até mesmo em telas sem estas capacidades extras.
Em mundo tão rápido, dinâmico, e onde nossa atenção é um recurso que toda empresa quer (e precisa) explorar para se manter ativa, focar os investimentos em uma comunicação assertiva e eficiente é crucial.
Claro, você quer estar onde o seu cliente está, e o digital está no bolso dele, mas do que vale o investimento constante em um meio onde as chances de se conseguir alguns segundos de atenção são cada vez menores, e onde é cientificamente comprovado que a interpretação desta mensagem pode não se dar de maneira efetiva?
Tudo isto reforça a importância do foco na importância das mídias impressas na hora de criar uma estratégia de comunicação eficiente para o seu negócio. Seja por meio de impressos mais simples e rápidos de consumir como flyers e banners, ou na criação de materiais mais complexos como catálogos, folders para eventos, cardápios e muito mais.
Investir no marketing offline, nos impressos gráficos e em suas variantes pode ser o impulso necessário para fixar melhor a sua marca no mercado, conquistando um melhor mind share (consideração por parte do cliente ao buscar produtos e serviços que você oferece) e potencializando uma maior fatia do setor para seu negócio, resultando em mais vendas e maior lucro.